Redige, agora, carta destinada a teu próprio coração. Fala-lhe quão necessário é renunciar ao passageiro, em função do prioritário, do essencial, do duradouro. Compõe, assim, com essa epístola, tua constituição de fé, teu código magno de espiritualidade e conduta, a que obedeças impreterivelmente.
Não te deixes impressionar e seduzir pelo brilho efêmero das paixões mesquinhas do corpo, que rebaixam, envilecem, degeneram, destroem. Ao reverso, labora por te fascinares com as coisas do espírito, que engrandecem, elevam, dignificam, constroem.
Tu és o(a) timoneiro(a) em tua nau existencial. Prioriza o benfazer no roteiro de tua vida, decidindo-te, dessarte, pela própria e pela felicidade daqueles(as) que sofrem a influência de teus pensamentos e ações.
És o que quiseres de melhor ou de pior. Portanto, não cedas facilmente às forças do momento. Respeita-as, mas não te permitas conduzir por elas.
Seleciona palavras, atitudes, leituras, companhias, desportos, lazer, tudo que puderes, pelos filtros da benevolência e da construtividade, empenhando-te por agir na altura máxima de tuas presentes condições evolutivas. E, fica certo(a): Deus te ajudará, bem além da medida que por ora julgas possível.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
2 de março de 2006