Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
Se você porta tendência mediúnica ostensiva, dedique ao menos um dia na semana à prática de contato com a Espiritualidade Amiga, ofertando seu maquinário orgânico aos bons espíritos, domiciliados no Mundo Maior.
Ser médium é como ser portador de curioso aparato psíquico-vesicular que se enchesse de tempo em tempo, necessitando drenar, extravasar seu conteúdo energético para fins específicos. Tal força acumulada, não encontrando vazadouro, é fonte promotora de diversa ordem de perturbações, afetando o corpo, a mente e as relações interpessoais.
Estude, criteriosamente, o fenômeno mediúnico, por meio do Espiritismo Kardecista(*), que lhe dá fundamentação teórica e adequada metodologia de prática no intercâmbio interdimensional, coloque-o a serviço de Jesus e Seus Emissários, mas não deixe de, com fiel periodicidade, posicionar-se em trabalho fraterno de socorro ao semelhante, seja recebendo conforto para os encarnados, seja viabilizando auxílio para sofredores desencarnados.
Não questione muito se é não adequado a ministério tão digno, complexo e delicado. Não pense em prerrogativas morais que lhe faltem, nem em desconfortos excessivos que experimente durante o transe. Compreenda a mediunidade como um compromisso sagrado de que não se pode arredar, e veja que, justamente por não encará-la como uma brincadeira ou passa-tempo, está habilitado a empreender o ministério mediúnico com seriedade e eficiência.
Agora, que as aflições psico-físicas se lhe amainam, é hora de meditar quanto ao acerto e necessidade de mediunizar. Você é canal de Luz no mundo físico e é seu dever servir, em nome de Deus, sem perguntar por quê, nem para quem.
(Texto recebido em 8 de agosto de 2002.)
(*) Muito embora, a rigor, a expressão seja uma redundância, já que, na plena e correta acepção da palavra, Espiritismo realmente só o Kardecismo o é, a amorável mentora desencarnada, com sua visão aberta e desprovida de preconceitos, respeita o princípio filológico sumamente conhecido de que o povo é quem faz o idioma ou talvez para facilitar o entendimento daqueles que não conhecem o assunto, assim afeitos a confusões indevidas, faz a adjetivação pleonástica, para deixar bem claro o a que faz alusão, ou seja: o sistema de pensamento codificado por Allan Kardec.
(Nota do Médium)