Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Triste de quem vive a vida apenas a colecionar mágoas. A vida é tão rica para ser preenchida com lamentações!…

Se alguém realmente tem razão de se lamuriar, então é porque está no momento de dar uma reviravolta em sua vida. Está transferindo poder para fora, quando deve reencontrar a força dentro de si. A circunstância apenas reflete um convite da Vida ao indivíduo passar para outro nível de consciência.

Se a situação é insuportável ou inadmissível, saia dela. Entretanto, se você julga que deve tolerá-la, então, trate de mudar o padrão, e concentrar-se no melhor lado.

Ele o destratou. Ou ignore, dando atenção a outros amigos e/ou veja o que, na sua conduta, pode ter dado espaço ao comportamento menos desejável da parte do outro.

Ela o traiu. Ou perdoe ou se desvincule, partindo para outra experiência. Mas não fique curtindo ressentimentos, raiva ou depressão. Não compensa, não faz sentido, é pura perda de tempo, de energia, de oportunidades de ser feliz. Economize dor.

Não fique preso a vivências sem nexo. Quebre o circuito da amargura. Busque a felicidade, ou pelo menos o bem estar. Eles serão um termômetro do caminho mais adequado a seguir. A paz, em último nível, dar-lhe-á a chancela da excelência do acerto no caminho da sua verdade pessoal.

Falta-lhe mais alguma coisa? Sim: maturidade psicológica. Somente pelo amadurecimento das emoções e dos hábitos, das diretrizes e dos condicionamentos psíquicos de uma forma geral, terá você condições de descobrir um padrão seguro de felicidade. E sempre existem imaturidades a serem sanadas. Ninguém na Terra está completamente acima da infantilidade. Descubra os seus pontos de puerilidade, para não os estar racionalizando e sendo por ele dominado, desperdiçando a existência em conjunturas evitáveis e, amiúde, passando por papéis ridículos.

Em suma, não nutra nada que não lhe seja útil. Ou lhe serve ou não. Então, o que não presta, largue. É simples. Simplifique ao máximo o que for vago, para que não lhe aconteça de se complicar no que não precisa. Tire a vida “de letra”. “Não faça tempestades em copo d’água”. E, como afirma certo autor da modernidade: “Tudo na vida são copos d’água”.

(Texto recebido em 10 de março de 1999)