Para a média evolutiva do ser humano na Terra, o tempo livre constitui – e constituirá por muitos séculos ainda – uma via larga para o desastre. Poucas almas, no globo, são amadurecidas o bastante para a administração construtiva do próprio tempo, facilmente descambando, nas horas vagas, para toda ordem de decadência (nos vícios), de concupiscência (dos sentidos) e mesmo de malevolência (no trato com terceiros).
Não é fruto do acaso, por conseguinte, que se vivam nessa civilização terrena, de modo praticamente generalizado, atividades profissionais e ocupações familiares de caráter provacional.
Fala-se em vocação e em planos de felicidade, e logo as pessoas povoam suas mentes com fantasias do ego e caprichos emocionais, quando não resvalam em delírios narcísicos ou grotescamente diabólicos.
A esmagadora maioria dos(as) integrantes dessa comunidade humana planetária está longe do patamar mínimo de querer com decência, desejar com alma e projetar com ideal. Por isso, quase todo protesto contra vicissitudes e expiações, sobremaneira na vida adulta, é falto de base.
As cruzes existenciais, de que tão agudamente se lamuriam os(as) habitantes desse orbe, configuram, em verdade, as maiores bênçãos de proteção contra desgraças a que se atirariam, gostosa e inadvertidamente, com gravíssimos desdobramentos não só para si mesmos(as), como para seus entes queridos e uma infinidade de outras criaturas que indiretamente seriam atingidas pelos efeitos de sua queda.
Blasfemam contra a Sabedoria Divina, que os(as) situa no cenário mais adequado ao aprendizado e ao desenvolvimento de seus espíritos mesquinhos e amiúde perversos, a benefício de sua própria redenção, de sua futura e autêntica felicidade, em bases sólidas, porque sustentáveis e afinadas com o princípio inescapável da consciência em paz.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
LaGrange, Nova York, EUA
17 de novembro de 2021