Benjamin Teixeira
pelo espírito Eustáquio.
Toldado de tristeza infinita, deixas-te envolver pelo fio do desencanto, capitulando, derrotado.
Amargas difícil situação, sentindo-te sobrecarregado de compromissos, com a família grande que diriges. Imaginam-te galardoado com favores da sorte, cercado de benesses e facilidades. Segues, porém, em silêncio e sozinho, no esforço gigante da realização, enquanto muitos usufruem do teu empenho, pelo que te felicitas.
Emerge, todavia, agora, do pântano de profundo desgosto a que te confias. Porque se hoje te alojas no charco da descompensação, recebendo muito pouco pelo que muito dás, do Plano Superior luzes maiores virão para ti, acalmando-te e confortando-te a alma onerada e triste.
Hoje, és revel da sorte, distribuindo o que não tens, para que outros possam sorrir. Padecendo no paraíso, como se diz das mães, no aforismo popular, és vanguardeiro de uma era futura, de ventura e paz, em que tu também poderás ser feliz.
Aguarda, contudo, o momento da justiça e do resultado de teus atos de homem de bem. Ainda agora não estás só. Olha em volta e percebe: estamos aqui!… estamos aqui!…
(Texto recebido em 9 de setembro de 2004.)