Tolera, alma boa, a situação difícil que vives. Se fizeste o que é de teu dever, e o mesmo espírito de dever não te autoriza fazer mais, é momento de suportares, com paciência e resignação, o contexto menos cômodo em que te vês inserido(a).
Ofereceste teu melhor e recebeste a paga da ingratidão. Ocorre em teu favor, então – fica certo(a) disto –, um pagamento de débitos cármicos, um investimento em tua conta espiritual de méritos.
Sê prático(a), realista e objetivo(a), responsável na gerência de tua circunstância – em função das atividades e incumbências que te foram delegadas de Mais Alto –, assim desobrigando-te, de modo firme e eficiente, do que não constitua material de tuas obrigações morais. Contudo, recorda que o princípio da tolerância de conjunturas desconfortáveis compõe, inarredavelmente, o quadro da condição humana, procurando abster-te, dessarte, da desesperança ou da revolta, quando notares um contrafluxo na solução de certas pendências mais desagradáveis.
Claro que esses ajustes ao inapelável devem acontecer sem excessos. Todavia, observa e pondera, cuidadosamente, na câmara secreta de tua consciência, se a Divina Providência não aguarda de ti, no instante de provação mais acerba que padeces, demonstrações mais dilatadas de compreensão e serenidade, para que se expanda, com isso, teu grau de maturidade psicológica e lucidez espiritual.
Gustavo Henrique (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
20 de setembro de 2018