pelo espírito Eugênia.
O propósito de havermos falado sobre o amor, neste sistema hilário de abordagem temática (*), foi que considerássemos a importância de transcendermos nossas limitações afetivas e psicológicas e, dentro do possível, com isso, sermos felizes.
O grande problema do gênero humano na Terra, atualmente, em matéria de relacionamentos interpessoais, é dar excessiva atenção às questões sexuais, em detrimento de se viverem as relações em seus aspectos mais espirituais.
O ser humano é muito mais que uma máquina de comer, dormir e fazer sexo, ou não passaria de um animal irracional. Toda a estrutura além das faixas reptilianas e límbicas do cérebro – córtex e neo-córtex cerebral – denuncia nossa vocação inarredável à transcendência, à realização de obras de cunho cultural, artístico, intelectual, espiritual…
Somos seres pensantes e não reprodutores inconscientes da espécie. Aliás, quase nunca se faz sexo, na condição humana, para fins reprodutivos, o que indica, claramente, haver outras funções para a atividade sexual, que vão muito além do dever basal de co-gerar novos corpos para o prosseguimento da humanidade no plano físico de vida.
Encerro minha fala fraterna, asseverando, enfaticamente, que o amor de Deus, assim como todas as demais modalidades de sentimento que mais nos realizam, como a paternidade e a maternidade, são justamente os menos acessíveis ao quesito erotismo. Em toda a sua multifacética gama de manifestações, o amor, incluindo o sexual, carece, inexoravelmente, de desdobramentos ou bases espirituais, ou, então, frustra e jamais pode tornar alguém feliz, como os bons e maduros casamentos o atestam, ao se revelarem mais uma irmandade feliz que um festival perene de emoções intensas. Passionalismo e hedonismo, por sinal, quase sempre, em muito pouco tempo, levam à consumição do sentimento, afogado no oceano sem bordas da instintividade irresponsável.
(Texto psicografado pelo médium Benjamin Teixeira, em 17 de dezembro de 2006, ao término da reunião pública que acontece sempre aos domingos, às 19h30min, no Espaço Emes, Aracaju. Revisão de Delano Mothé.)
(*) Fui levado, conforme inspiração do momento, produzida pelos orientadores desencarnados, a ventilar a temática do amor romântico, com particular tom cômico, assunto que havia sido provocado por pergunta de um dos componentes da platéia, como sempre acontece – só respondo às indagações que me chegam às mãos à hora, tanto nas palestras públicas, como nos programas de TV, para preservar o tom de espontaneidade que me caracteriza o estilo de exposição. O texto acima contém pequeno acréscimo ditado pela própria autora espiritual.
(Nota do Médium)