Benjamin Teixeira pelo espírito Eugênia.
Sim, não é fácil ser feliz. Desafios de toda ordem convidam-no(a) à vertigem do desatino. Inúmeras vezes, vê sua mente toldada por torpes insinuações tenebrosas. A angústia, a ansiedade e o pânico rondam sua psique sitiada pelo desespero, deixando-o(a) no limiar do colapso.
Reaja, agora que forças sinistras se conjugam para derrotar seus projetos de alegria. Trabalhe com afinco, no campo dos ideais que lhe iluminam o espírito. Seja fraterno(a), bem-humorado(a) e constantemente otimista, encarando como desafio à ventura, cada oportunidade de entristecer-se.
Não capitule jamais, ante a afronta do inimigo. Mantenha o moral de pé, quando tudo parecer perdido, e o Senhor o soerguê-lo(a)-á do pântano de fracassos em que jaz, para a glória rutilante do triunfo que sempre galardoa aqueles que não desistem de perseguir os próprios sonhos de fazer na gleba do bem comum.
Hoje é seu dia de desafio, do desafio de ser feliz em meio a intempéries. Fácil ser feliz quando tudo corre bem. É justamente no esforço de sobrevivência psicológica, durante a ocorrência do pior, que se habilita alguém à imperturbável felicidade. Assim como músculos dilatam o próprio poder ao sofrerem resistências crescentes ao movimento por que são responsáveis e como grandes executivos de envergadura internacional são treinados em meio ao caos das mais desmazeladas economias do mundo, você também aprenderá a ser feliz exatamente nas ocasiões em que tudo parecer estar conspirando contra seu bem estar.
Claro que não sorrirá, apatetado, ante o gládio da dor, nem se iludirá, ocultando-se a visão do mal em torno. Mas se conseguir manter um padrão mínimo de equilíbrio e de serenidade, de bom-humor e de produtividade, e, por que não (?), de alegria, em meio ao turbilhão das maiores crises, imagine quão bem não estará quando delas sair! Se mal está bem, imagine quando bem estiver!…
Sua dor: escola de alegria. Sua desgraça: grande trampolim para a vitória.
(Texto recebido em 19 de junho de 2001.)