Houve um tempo em que éramos místicos e ignorantes.
Acreditávamos em tudo, temíamos qualquer coisa, não entendíamos quase nada. Foram os primórdios do período civilizatório. Naquela época, funcionávamos conforme padrões muito similares aos da psicologia infantil.
Depois, deslumbrados com o poder do conhecimento e de nossas primárias ferramentas de manipulação da natureza, passamos a nos presumir senhores absolutos do mundo e de nós mesmos, à semelhança psicológica de adolescentes rebeldes, encantados com o sentido de autossuficiência e autodeterminação.
Vivemos ainda essa era de desenvolvimento da cultura e da ciência, que se iniciou há poucos séculos e durará provavelmente ainda mais alguns.
A fim de adquirirmos status de plena adultidade humana, porém, precisamos respeitar e valorizar a ciência e a tecnologia, em tudo que podem fomentar de progresso, não só no âmbito material, mas também no campo dos costumes e valores sociais, sem incorrermos, todavia, no simplismo e imaturidade crassos de supor que o universo, em suas possibilidades infinitas de complexidade, caiba, por inteiro, em nossos limitados cérebros animais.
Espírito Temístocles
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar
New Milford, Connecticut, EUA, 4 de outubro de 2014