Competitividade exacerbada, ímpetos de revide sem freios, medo e ira desgovernados? Eis o padrão dos indivíduos que vivem na faixa da subconsciência animal, basicamente mobilizando, quando em organismos biológicos, a camada primitiva do “tronco cerebral” ou “cérebro reptiliano”, assim denominado por partilharmos sua estrutura fundamental com os lagartos, crocodilos, serpentes e outros répteis.
Emocionalismo sem disciplina, apego extremo à prole e aos laços de consanguinidade, atitude dramática, piegas e/ou histérica diante da vida? Notamos, neste quadro de conduta, aqueles que se não desprenderam da instintividade relacional-passional que se retrata, entre os encarnados, no setor cerebral conhecido como “límbico” ou “protomamífero”, por, essencialmente, encontramos circuitos similares em todos os mamíferos de médio e grande porte, como bovinos, suínos e caprinos.
Se, todavia, alguém denota sentimentos profundos de comprometimento e responsabilidade sociais, tanto quanto de racionalidade rigorosa casada a sentido intuitivo apurado, divisamos, em linhas gerais, as almas mais lúcidas e desenvolvidas que habitam o planeta, que concentram suas atividades mentais nos corredores neuronais do córtex e, sobremaneira, do neocórtex cerebral (presentes, unicamente, nos encéfalos humanos), porquanto os que apresentam tal perfil de caráter e personalidade constituem seres que representam, fielmente, a condição da humanidade adulta e íntegra.
Todas as criaturas ergastuladas em corpos físicos, no orbe terreno de hoje, apresentam percentuais variados dos três psicotipos genéricos que apresentamos.
Que cada um(a), quanto possível, administre, favoreça e catalise seu melhor, de molde a se libertar, mais celeremente, das amarras arquimilenares do passado filogenético e espiritual das fases primitivas de consciência, singrando na direção da Luz da sabedoria e do amor progressivos, rumo ao Infinito da Felicidade com Deus!
Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Dr. Demétrius.
Texto recebido em 26.12.2012.