[É comum que recebamos como filhos – biológicos ou adotados – seres evolutivamente superiores a nós. E, mais curioso ainda, pode nos ser confiado, nesta condição, exatamente aquele Espírito que, em particular, tem cumprido a função de Pai ou Mãe, em nosso histórico evolutivo, dentro ou fora da matéria densa, papel este que provisoriamente desempenhamos em dada reencarnação, com relação a Ele ou Ela. O quadro clássico acima (que utilizamos como capa de um de nossos primeiros livros publicados, o esgotado “Alfa-Ômega”, em 1996), que retrata Sant’Ana – mãe biológica de Maria Santíssima – ensinando o Buda-Mãe a ler, é bem característico desta experiência que parece sui generis, mas que, se observarmos atentamente, e sobremaneira abstraindo nossos egos da avaliação, reconheceremos acontecer com relativa frequência. (Comentário do Médium)]

Benjamin Teixeira
pelo Espírito Eugênia.

Houve momento, minha tão amada (…), no nosso longo histórico evolutivo, em que você foi minha Mãe,

E, por isso, venho hoje lhe retribuir o beijo materno que me ofertou, quando era apenas uma criança em seus braços, passos vacilantes (que soube tornar firmes), seio farto (que me alimentou de afeto puro), palavras duras (que me puseram no caminho reto).

Deus a abençoe, alma boa, pela dívida eterna de gratidão, que me ficou daquele tempo distante… E, muito embora tenhamos invertido a posição, e eu me tenha feito, a posteriori, sua mãe, por diversas vezes, sem repetir o contrário, e assim permanecido, na Condição Espiritual, sua Mãe, as ternas lembranças daqueles longínquos dias – em que estávamos em polos trocados – me ficaram no Espírito… gravadas, com doçura e emoção, para sempre…

Mãe e filha,

Eugênia.


Comentário de Benjamin sobre a carta breve de Eugênia à sua filha do espírito, que lhe foi mãe biológica outrora:

Esta brevíssima mensagem, nossa Sábia Mestra Eugênia pediu que psicografasse na madrugada deste domingo, 9 de maio, Dia das Mães de 2010, e a enviasse à destinatária, por vias eletrônicas. Retiramos-lhe o nome, para lhe preservar a intimidade, mas julgamos por bem, pelo interesse geral, com autorização da Autora Espiritual, publicá-la aqui, numa demonstração de como os Espíritos que ascendem, no carreiro evolucional, são, entre outras grandes virtudes, sumamente gratos, porque ninguém pode se fazer justo, muito menos amoroso, se não começa por conquistar, plenamente, em primeiro plano, a gratidão. Consideramos, por fim, uma excelente oportunidade de reflexão para o Dia das Mães, chamando-nos a atenção para o fato de existirem, como revela a Mestra Espiritual em tão curta manifestação epistolar, certos Espíritos que, por muito repetirem a condição de mãe em nossos históricos evolutivos, em sucessivas reencarnações, ou por tomarem este vulto de ascendência moral – digamos assim –, pela sua função de Guia Espiritual, tornam-se, plenamente, merecedores da alcunha que pronunciamos, ternamente, amiúde comovidos: “Mamãe”. É o que muitos de nós dizemos à nossa tão doce e amada Eugênia, em nossa Escola de Pensamento, e é o que milhões de pessoas, pelo mundo inteiro, incluindo a própria Eugênia, dizemos Àquela que esteve, de pé, no Calvário de Seu Filho biológico único, sendo Mãe da Terra inteira… Nossa Adorada e Eternamente Amada Maria de Nazaré!…

Por fim, vale a pena nos recordemos de que muitos de nós, repetentes das salas de aula da reencarnação na Terra, no Instituto Universal da Evolução, convivemos, em passado prístino, com grandes espíritos, que hoje não descem mais ao plano material de existência, mas que nos acompanham, carinhosos e zelosos (não obstante também firmes e esclarecedores), os passos claudicantes, rumo à plena felicidade: a redenção completa de nossos Espíritos, sobre esta teia de ilusões do mundo físico.

(Textos recebido e redigido, respectivamente, na madrugada de 9 de maio de 2010.)


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