A expressão “zona de conforto”, para ser melhor entendida, em toda extensão de seus efeitos mediatos e imediatos na existência de um indivíduo, deveria ser denominada zona de estagnação, degenerescência, loucura ou morte.
Como pode ser confortável não inovar, nem se transformar ou criar, inviabilizando, assim, a autorrealização e a própria felicidade?
Preguiça, covardia ou embotamento mental, nos meros automatismos da operacionalidade da rotina de sobrevivência, devem ser superados pela disposição ao trabalho, pela coragem de tomar iniciativas, pelo impulso prazeroso da criatividade aplicada ao cotidiano e às alternativas de destino que, volta e meia, flertam com qualquer pessoa.
Jamais faríamos apologia à improvisação sem bases prévias, à presunção casada à ignorância ou a arroubos de impulsividade e inconsequência. No entanto, que cada criatura verifique, partindo evidentemente da consideração multifacetada de idiossincrasias, limitações e aptidões intelecto-emocionais próprias, além de circunstâncias socioeconômicas em que esteja inserida, qual é seu ponto de equilíbrio entre a ousadia necessária ao progresso e o realismo pragmático que constitua os alicerces da edificação dos projetos pessoais que se pretenda erigir.
Espírito Temístocles.
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar.
7 de outubro de 2015.